Abafa Berro

Eu não finjo, não mordo, não sou ativista, não tenho ideologia, não meto os pés nas mãos, não tenho porções mágicas. Tenho um berro abafado para quem tiver ouvidos mudos.

6/21/2006

Passado pássaro.

Parado na frente da porta do quarto, te vi como um pássaro, parado mas solto no ar.
Tuas mãos na cintura, teu cabelo arredio, teu ar superior.
Sobre o clima da escura noite eu te vi pela primeira vez alçar vôo. Foste tão alto, acima das nuvens não se enxerga mais nada.
Bem que tentei te avisar, mas suas asas foram mais rápidas que minha palavra terrena.
E eu vi o sonho, a loucura, a coleção de estrelas, fugirem pela porta que esqueceste entre aberta. O vento que entrou teve nova cor.
E eu me entreguei para o ar, para respirar o colorido e a angústia de ter pés e olhar pro céu.

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